Milhares de participante aguardam a incorporação do REB ao Novo Plano

Por Carolina Marçal

Condições previdenciárias do REB são inferiores, se comparadas aos demais planos de benefício da Fundação

Pauta incessante da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) desde 2006, a incorporação do REB ao Novo Plano foi negligenciada por anos pela Caixa e pela Fundação dos Economiários Federais (Funcef). Depois de aprovada nas instâncias decisórias da Funcef em 2014, o processo ficou engavetado até 2021. Agora, com a pressão da Fenae e outras entidades em defesa dos participantes, a medida deve, finalmente, sair do papel.

É o que indica o presidente da Fundação, Gilson Santana, nas últimas reuniões realizadas com a Fenae. O modelo de 2014 passou por ajustes solicitados pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) para se adequar à nova legislação e deve ser finalizado em abril, segundo previsão da Funcef.

“Os participantes do REB têm acumulado prejuízos desde a sua criação, em 1998, com direitos rebaixados e benefícios reduzidos. Nossa luta é constante e é urgente que se repare essa injustiça com os participantes”, destaca o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

“Estamos em contato com a Fundação para buscar esclarecimentos sobre a metodologia apresentada pela Funcef às entidades no dia 13 de abril. Esperamos que a proposta repare as condições desiguais e mantenha os direitos adquiridos pelos participantes”, pontua a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.

Desvantagens do REB – Os participantes do REB são submetidos a condições previdenciárias inferiores em comparação aos demais planos. O percentual de contribuição é uma delas. No Novo Plano, a contribuição é de 5% a 12%; no REB, é de somente 2% a 7%, diminuindo a possibilidade de acumular uma reserva maior para a aposentadoria.

Além disso, a base de cálculo de remuneração do REB não inclui CTVA (Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado), ao contrário do Novo Plano. Há outro problema para os participantes do REB – Caso queiram fazer o resgate – embora não seja a melhor opção, na opinião da Fenae, os participantes terão prejuízos, pois não podem resgatar 100% do saldo.

O Novo Plano também é superior em relação à taxa de administração dos aposentados e pensionistas, benefício por invalidez e pensão por morte. O REB também não possui Fundo de Revisão de Benefícios (FRB) – mecanismo que garante aumento real em caso de excedente financeiro no plano.

Outra desvantagem é a base de dependentes, menos ampla no REB. Enquanto no Novo Plano, são permitidos como dependentes os filhos menores de 24 anos, no REB o direito se aplica somente aos menores de 21.

Histórico – O REB foi criado em 1998, época em que a Caixa vinha sendo preparada para a privatização. Surgiu com direitos rebaixados e benefícios reduzidos para receber os primeiros técnicos bancários. Durante o período em que o REB permaneceu aberto a novas adesões, a Funcef apresentou baixa penetração junto à categoria, com taxa de adesão de apenas 75%. Cerca de um quarto dos empregados da Caixa não estava na Funcef dada a baixa atratividade do plano.

Graças a cobranças e mobilizações das representações dos trabalhadores, a Funcef criou, em 2006, o Novo Plano, com mais benefícios. Desde então, o movimento dos empregados defende a incorporação.

Informações retiradas na íntegra do site da FENAE

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