Funcef e outros fundos explicam opções de investimentos a parlamentares

Por Douglas Alexandre

Representantes dos fundos de pensão – incluindo a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) – estiveram em uma audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, nesta quarta-feira (24), para explicar os aportes nos Fundos de Investimento em Participações (FIP) Sondas, da Petrobras. A reunião foi a pedido dos deputados Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) e Leo Brito (PT-AC).

O FIP Sondas foi um mecanismo da Petrobras para obtenção de recursos para a compra de sondas de exploração do pré-sal, tendo como contrapartida retornos aos investidores. Os investimentos trariam posteriormente prejuízos aos fundos de pensão – o que levou inclusive à abertura de investigações criminais contra parte de seus ex-dirigentes.

Gilson Santana, atual presidente da Funcef, defendeu que o fundo de pensão dos economiários foi vítima de possíveis atos ilegais na gestão da Petrobras, mas que não teve participação nestes desvios: “A Funcef ingressou com uma ação de improbidade contra a companhia [Petrobras] e alguns de seus ex-dirigentes”, relatou. A Funcef busca compensações para os prejuízos oriundos da situação.

Paulo César Martín, Diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e ex-diretor da Petros, apresentou as razões pela opção de investir no FIP Sondas à luz das informações que havia naquele momento.

“Nós estamos falando da camada do pré-sal. Hoje, 75% do petróleo extraído no Brasil vem do pré-sal. Não há nenhuma dúvida em relação ao êxito. A Petrobras tinha a necessidade [de ter sondas], a capacidade técnica e não havia sondas no mercado”, explicou. “Eram necessárias as sondas? Eram e continuam sendo. A Petrobras paga aluguel de sondas”.

Martín ressaltou que os fundos de pensão – Petros, Previ e Funcef – tomaram a mesma decisão que grandes bancos privados por investir no FIP, e criticou a ideia de que era possível prever o que aconteceria posteriormente – a interrupção da ação Petrobras na compra de sondas por conta da operação Lava Jato.

“Previsão do passado é ciência exata. Os bancos [privados] também fizeram. E colocaram dinheiro na mesma proporção. Por que os dirigentes do Bradesco, do Santander, do BTG, não estão sendo processados?”, provocou.

Fonte Fenae, com informações do Reconta Aí

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