Após protestos, Caixa reabre Saúde Caixa em 2021

Por Comunicação APCEF/MG

Para conseguirem a conquista, as entidades montaram a Campanha Nacional dos Bancários  

A partir desta sexta-feira, 08 de janeiro, a Caixa vai restabelecer o Saúde Caixa para todos os empregados, benefício que está incluso no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A conquista dos funcionários foi durante a Campanha Nacional dos Bancários de 2020. A negociação durou mais de 2 anos. 

A demanda está em debate desde o dia 31 de agosto de 2018, quando a Caixa optou por não incluir os novos empregados no Saúde Caixa, plano de assistência à saúde. Desde então, entidades como a Fenae e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) representaram e reivindicaram o direito dos empregados, que chegou a aproximadamente 10 mil, que ficaram de fora do plano. 

A pandemia do coronavírus agravou ainda mais a necessidade de os funcionários do banco terem um plano de saúde e a falta do benefício deixou os empregados apreensivos, principalmente por causa do aumento de casos e óbitos, que nessa quinta-feira (07) ultrapassou os 200 mil mortos. Rio de Janeiro, Amazonas, Roraima, Rondônia, Tocantins, Ceará, Pernambuco, Sergipe e o Distrito Federal apresentaram alta na média móvel de mortes. 

 
A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também integra o Grupo de Trabalho – Saúde Caixa, reafirmou que a inclusão de todos os empregados no plano é uma conquista dos empregados e não uma ação feita pela Caixa. 
 
“A inclusão dos empregados é uma conquista do acordo coletivo e foi um tema muito debatido na Campanha Nacional. A Caixa demorou muito para incluir os colegas, até porque nós da CEE e movimento sindical estávamos cobrando essa demanda desde o ano passado. Se somente agora a SEST autorizou, a Caixa não deveria ter negociado sem ter as convicções de que seria possível colocar todos no Saúde Caixa”, afirmou a coordenadora. 
 
O presidente da Fenae, Sergio Takemoto destacou que a Caixa deixou os empregados fora do plano nos períodos mais difíceis da pandemia. Para ele, o banco está cumprindo o que foi negociado.  

” Queremos que a gestão da Caixa respeite nosso trabalho e dissemos não ao tratamento diferenciado à saúde dos empregados. Os empregos que estão trabalhando com sobrecarga, metas desumanas e jornadas extensas não podem ficar também sem o Saúde Caixa. Enfim, essa gestão está cumprindo o acordo coletivo”, afirmou. 
 
Segundo informações do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a inclusão dos empregados só foi possível após a autorização da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST). 
 
Cobranças para a inclusão 
 
O acordo do novo plano de saúde manteve os princípios de pacto intergeracional, solidariedade e mutualismo e a inclusão dos novos contratados que entraram após 31 de agosto de 2018, principalmente dos PcDs. Com a entrada de todos os trabalhadores no plano, a modalidade de reembolso seria extinta. 
 
Ainda em setembro de 2020, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou um ofício à Caixa solicitando agilidade no processamento de inclusões dos empregados. A gestão do banco respondeu que havia um impasse junto a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) para que a ação acontecesse. 
 
Desde então a Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa), com o apoio dos movimentos sindicais e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) cobram o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). 

Departamento de Comunicação da APCEF/MG com informações da Fenae

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