A Campanha foi criada para valorizar os funcionários do banco
Entidades como a Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), as Apcefs (Associações do Pessoal da Caixa), a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), a Feang (Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa), além de algumas outras que representam a categoria estão unidas para defender o empregado Caixa.
E para isso elas criaram a Campanha de Valorização dos Bancários da Caixa, que foi lançada na última segunda-feira (28), que busca valorizar os empregados, mostrando para a sociedade a importância dos trabalhadores que atuam para manter a Caixa forte e ainda denunciar as metas desumanas. A campanha terá inúmeras atividades e vai até o dia 12 de janeiro, aniversário da Caixa, com um grande ato nacional para encerrar.
A causa surgiu depois dos longos nove meses de pandemia, onde os empregados da Caixa trabalharam intensamente para fazer o pagamento do pagamento do auxílio emergencial para mais de 67 milhões de brasileiros, medida tomada para aliviar os efeitos da crise sanitária e econômica. Também foram os trabalhadores da Caixa que atenderam outros 50 milhões de brasileiros que buscaram o banco para receber outros benefícios emergências.
Mesmo com todo o trabalho feito, a direção da Caixa não reconhece o trabalho dos empregados e cobra mais e mais metas desumanas. “O que queremos deixar claro neste momento é que todo este trabalho excepcional foi desenvolvido pelos empregados – um corpo funcional altamente gabaritado, com expertise e total dedicação à função social da Caixa”, explica o presidente da Federação, Sergio Takemoto.
Além das metas abusivas, as jornadas extensivas de 10 ou 12 horas também têm atingido os empregados. O resultado de tanta pressão e sobrecarga de trabalho é o adoecimento do trabalhador.
“A pressão e cobrança por metas desumanas estão adoecendo os trabalhadores. Mesmo com quadro reduzido para atendimento, os bancários ainda são direcionados para outros trabalhos no objetivo de cumprir metas. A direção da Caixa é perversa. Cadê o respeito e valorização dos colegas?” ressaltou o presidente da Fenae.
Outros itens que vêm causando insatisfação entre os funcionários são a sobrecarga e as condições de trabalho. “Existe uma necessidade urgente que é dar melhores condições de trabalho para todos os empregados. Os colegas já estão sobrecarregados e a situação só piora. O cansaço é de todos e por isso a Caixa precisa contratar. A ampliação do quadro além de aliviar a sobrecarga também significa um atendimento melhor para a população”, avaliou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt.
Covid-19
Outro tópico da Campanha é o home office para proteção contra a pandemia. Os protocolos de saúde da Caixa, construídos junto com os empregados se tornaram exemplo. Com o número de casos de contaminação por Covid-19 aumentando em todo o país, as entidades cobram a manutenção do home office para salvar vidas.
“Sabemos que o distanciamento social segue como uma das principais ações contra a contaminação da Covid-19. Por isso, o home office é tão importante. Em mesa de negociação ocorrida no dia 3 de dezembro, a Caixa informou a prorrogação até dia 31 de janeiro de 2021. Vamos continuar cobrando que se o cenário da pandemia não melhorar que esse prazo seja alongado”, enfatizou Fabiana.
Departamento de Comunicação da APCEF/MG com informações da Fenae