Fenae e entidades representativas lançam Campanha Nacional dos bancários 2022 em Brasília

Por Comunicação APCEF/MG

Ato realizado em frente à Caixa da Matriz, mobiliza empregados do banco público em defesa da manutenção de direitos, fim das demissões e precarizações

Com o desafio de não perder nenhum direito já conquistado, de barrar a ameaças e avançar em novas conquistas, os empregados e empregadas da Caixa e de outras instituições financeiras que integram o Comando Nacional dos Bancários participaram, nesta terça-feira (28), em Brasília, do lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2022. 

O ato realizado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sindicato dos Bancários de Brasília, Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) e demais entidades representativas, uniu trabalhadores e dirigentes sindicais com o objetivo de conscientizar a categoria e intensificar a mobilização em todo o país para avançar nas negociações com os banqueiros. 

Foi dado o início aos debates pela manutenção dos direitos, emprego, igualdade de oportunidades, condições de trabalho, saúde, pela valorização, por dignidade e renda. As principais reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2022, cuja data-base é 1º de setembro, foram apresentadas à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no último dia 27 de junho, na primeira rodada de negociação que debateu Emprego e Terceirização.  

“Este ano é de grandes desafios. É o ano em que a Convenção Coletiva de Trabalho completa 30 anos e teremos a renovação da convenção e do nosso acordo específico. Por isso, é fundamental a luta pela manutenção dos direitos e pelo avanço de novos direitos. O governo a todo momento tenta tirar direitos dos trabalhadores e principalmente dos empregados de empresas públicas. Porque é desta forma que se facilita a privatização e o fatiamento do banco público”, ressaltou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. “Nós já começamos as nossas negociações e para que sejamos vitoriosos vamos precisar da participação de todos e todas. Só assim conseguiremos defender uma Caixa 100% pública e forte, defender a democracia e os que mais necessitam dessa empresa. Vamos ganhar este jogo!”, acrescentou.

Para o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e diretor de Administração e Finanças da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Cardoso, o ato é um marco de grande importância para os trabalhadores do ramo financeiro, visto que os bancários de Norte a Sul do país têm uma tarefa muito difícil, assim como em toda campanha unificada, que é o de negociar com os banqueiros. “Vamos negociar com a direção da Caixa para garantir e conquistar direitos. Os empregados e empregadas do banco público sempre deram o melhor de si para o Brasil. Infelizmente o presidente da Caixa não reconhece isso e trata os trabalhadores da estatal da pior maneira possível, com fim de áreas, reestruturação e fusão sem negociar com os empregados. Essa campanha tem um cenário muito complexo, pois a Caixa vem sendo utilizada de uma maneira ruim. A Caixa não é de um governo e sim do povo brasileiro, é um instrumento de fazer políticas públicas de Estado e não de governo. Precisamos nos mobilizar pela Caixa e pelo Brasil”, afirmou.

Qual é a Caixa que queremos? E qual é o Brasil que queremos? Para responder essas perguntas a conselheira deliberativa da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), Maria Gaia Demétrio, disse que é preciso o engajamento de todos. “Nós não queremos uma Caixa que maltrata os seus trabalhadores e pouco se importa com a população nas ruas. Não. Nós queremos uma Caixa forte, que seja respeitada e reconhecida como o banco das políticas públicas, o banco dos melhores produtos e acessíveis ao povo, que fomente o saneamento, a segurança, a cultura, o esporte, coisas que bancos privados não vão fazer. Todos estes temas serão discutidos em nossa campanha nacional unificada”, disse Gaia ao responder a primeira pergunta. E reforçou a última pergunta de maneira enfática: “Precisamos derrotar a política de morte, a política de destruição de direitos, do assédio moral, que hoje é o que comanda o país e a nossa empresa”. 

Principais reivindicações 

Defesa da Caixa 100% Pública – Além da garantia dos empregos e dos direitos conquistados, os trabalhadores defendem a manutenção da Caixa 100% pública e de outras estatais estratégicas ao país. Reivindicam, ainda, o combate ao assédio moral, assistência à saúde, tratamento de bancários com sequelas da Covid-19 e teletrabalho negociado. Na pauta específica dos empregados da Caixa, a categoria também atua para a manutenção das atuais regras de custeio do Saúde Caixa [plano de saúde do banco]: 70% pela empresa e 30% pelos trabalhadores.

Reposição salarial e aumento real – Entre as cláusulas econômicas da Campanha Nacional 2022, os bancários solicitam a correção das remunerações e de benefícios, a exemplo dos vales refeição e alimentação, considerando o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) entre 31 de agosto de 2021 e 1º de setembro deste ano. Em relação à reposição salarial, os trabalhadores defendem a correção pelo INPC mais 5% de aumento real.

As resoluções e reivindicações dos bancários foram entregues à Fenaban dia 15, depois de aprovadas durante a 24ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro, encerrada no último dia 12 com o tema “Um país + justo pra gente, este é o Brasil que a gente quer”. As propostas foram debatidas durante conferências regionais, estaduais e nacionais, a exemplo do 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), realizado entre os dias 8 e 10 deste mês.

Calendário de negociações

• Quarta-feira, 6 de julho: Cláusulas sociais e segurança bancária

• Sexta-feira, 22 de julho: Cláusulas sociais e teletrabalho

• Quinta-feira, 28 de julho: Igualdade de oportunidades

• Segunda-feira, 1 de agosto: Saúde e condições de trabalho

• Quarta-feira, 3 de agosto: Cláusulas econômicas

• Quinta-feira, 11 de agosto: Continuação das cláusulas econômicas

Informações retiradas na íntegra do site da Fenae

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