Funcef não dá acesso a informações e inviabiliza participação da Fenae em discussão sobre equacionamento

Por Douglas Alexandre

Funcef não atendeu aos ofícios encaminhados pela Fenae em 15 de maio, reivindicando informações relevantes sobre a proposta para o equacionamento. Assimetria impede debate justo sobre o tema

A Fundação dos Economiários Federais (Funcef) enviou à Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) um convite para que as entidades representativas dos participantes apresentem suas propostas de redução do equacionamento. A Funcef reservou um período de apenas cinco horas para ouvir todas as sugestões e discussões provenientes das entidades convidadas.

Em resposta, a Fenae esclareceu alguns pontos críticos sobre o convite tardio. Primeiramente, a Fenae destaca que a Caixa e a Funcef não responderam à solicitação da Fenae, Contraf/CUT e Anapar, feita em janeiro deste ano, para a participação das entidades representativas no Grupo de Trabalho (GT) entre as instituições. 

Além disso, as entidades ressaltaram que não houve resposta aos ofícios solicitando os documentos que embasaram a proposta de equacionamento. A Funcef também não forneceu os estudos sobre a meta atuarial e o contencioso, solicitadas em ofício à Fundação.

Para a Fenae, o convite da Funcef parece ser meramente simbólico, especialmente após a reação negativa dos participantes à proposta inicial da Fundação e da Caixa. Conforme deliberado no 39° Conecef, o Congresso dos Empregados da Caixa, a Fenae reivindica um processo efetivo de negociação com as entidades representativas, sem a retirada de direitos dos participantes.

A Fenae enfatiza que tem propostas concretas para a redução do equacionamento (leia aqui), mas destaca a necessidade de acesso aos documentos pertinentes para viabilizar qualquer discussão séria. “Quais são os números do contencioso, a dívida trabalhista da Caixa com os empregados? Se nos fornecerem as informações que solicitamos, será possível até definir os percentuais de redução da contribuição”, explica o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

A disposição para o diálogo é reiterada pela Fenae. No entanto, sem a transparência necessária e a documentação adequada, considera inviável participar de um processo que não parece ter o objetivo de uma negociação.

A recusa ao convite é, portanto, uma exigência por um processo transparente e democrático, onde as entidades representativas tenham acesso às informações necessárias para uma proposta significativa, transparente e respeitosa com os direitos dos participantes.

Informações retiradas na íntegra do site da Fenae

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