Cobrança de meta por venda das ações e oferecimento sem analisar o perfil dos clientes violam as regras da Comissão, segundo as denúncias
O jornal Valor Econômico desta quarta-feira (28) destacou o posicionamento da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) contra o IPO da Caixa Seguridade e as denúncias protocoladas na Comissão de Valores Mobiliários sobre o processo da oferta de ações da subsidiária.
As denúncias foram feitas pelo vice-presidente da CUT e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região (Seeb/SP), Luiz Cláudio Marcolino. Segundo os documentos, o presidente do Banco, Pedro Guimarães, violou duas instruções da Comissão (400 e 539) ao oferecer as ações do braço de seguros da Caixa sem analisar o perfil do cliente. A outra é sobre a cobrança abusiva de metas para que os empregados vendam as ações, sem qualquer preparação adequada para a venda.
“O IPO deveria ser dirigido a perfis de investimento arrojado/agressivo, sendo que em vista das características dos clientes da Caixa, seria possível a abordagem para o IPO para, no máximo, 10%. No entanto, a orientação dos gestores da Caixa é para que os bancários desconsiderem a adequação da abordagem ao perfil, e exponham a IPO ao máximo de clientes”, diz um dos documentos.
O Valor destacou o posicionamento da Federação. “Takemoto disse ainda que os funcionários estão sendo pressionados não só a vender sem critério de perfil de risco dos clientes, mas também a comprar os papéis, inclusive com mecanismos de antecipação de salários e venda de licença-prêmio, para passar uma percepção de sucesso no processo”, destacou o jornal.
Leia aqui matéria da Fenae sobre as denúncias.
Informações retiradas na íntegra do site da FENAE