Fenae e entidades sindicais bancárias participam da 7ª Marcha das Margaridas

Por Douglas Alexandre

O intuito do evento deste ano foi o de retomar o diálogo sobre os direitos das mulheres do campo, interrompido durante a gestão do ex-presidente

O presidente da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa), Sergio Takemoto, participou, nesta quarta-feira (16), do encerramento da 7ª Marcha das Margaridas, em Brasília. O diretor executivo da Fenae, Antonio Fermino, também esteve presente no ato.

O evento, que ocorre a cada quatro anos, teve como lema “Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”. Durante o encerramento da Marcha das Margaridas, o presidente da Fenae ressaltou que, “depois de quatro anos de desgoverno, onde vivenciamos uma gestão que não respeitava o direito dos trabalhadores, um governo misógino, é muito bom estar aqui presenciando esse momento de retomada da democracia, dos direitos e, principalmente, da nossa liberdade. Participar dessa Marcha está sendo um motivo de muito orgulho”.

O ato reuniu mais de 100 mil mulheres e foi coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), federações e sindicatos filiados e 16 organizações parceiras.

Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ressaltou que a Marcha das Margaridas é uma luta árdua das mulheres brasileiras, especialmente as do campo. De acordo com ela, é uma luta pela igualdade, para que as mulheres tenham acesso à terra, a crédito, a trabalho, a salários iguais.

“Essa é uma luta para combater à violência contra a mulher, à misoginia, à violência política e doméstica. Enfim, todos os tipos de violência que as mulheres são submetidas no Brasil e no mundo. A Marcha das Margaridas é um momento emocionante, onde a gente reúne mulheres de todos os setores – público, privado, do campo e da cidade – nesta linda manifestação, com mais de 100 mil mulheres de todo o Brasil”, disse Juvandia.

Durante discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou o período em que esteve preso, em Curitiba, e citou a morte de Margarida Alves, trabalhadora rural paraibana morta a tiros na porta de casa em 1983.

“Os poderosos, os fascistas, os golpistas podem matar uma, duas ou três margaridas, mas jamais resistirão à chegada da primavera. A vinda de você aqui hoje demonstra que só pensa em dar golpe nos dias de hoje quem não conhece a capacidade de lutas de homens e mulheres desse país”, disse.

Durante o evento, o presidente Lula anunciou a criação de um plano emergencial de reforma agrária e de um pacto nacional de prevenção ao feminicídio.

Marcha das Margaridas

A Marcha das Margaridas é uma ampla ação estratégica das mulheres do campo e da floresta, promovida pela Contag, federações e sindicatos que se consolidou na agenda do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e de diferentes organizações parceiras, movimentos e organizações feministas que articulam e mobilizam mulheres na perspectiva de avançar e qualificar o processo de construção de políticas públicas para este público.

Desde 2000, o nome da marcha é uma homenagem a Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, devido à luta pelos direitos da categoria. Desde então, a liderança se tornou símbolo da resistência de milhares de homens e mulheres que buscam justiça e dignidade. Latifundiários da região são suspeitos do homicídio. Mas, até hoje, o crime segue sem solução e os mandantes não foram condenados.

Informações retiradas na integra do site da Fenae

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