A Síndrome de Burnout, também chamada por especialistas de síndrome do esgotamento mental e psicológico, é uma doença que acomete muitos profissionais com jornadas de trabalho desgastante. Descoberta em 1974 pelo médico americano Herbert Freudenberger, a patologia atinge altos níveis entre os trabalhadores do mundo bancário.
Cerca de 45% destes profissionais já tiveram ou vão desenvolver a síndrome, segundo um estudo realizado pela Pepsic. Uma pesquisa realizada pela Fenae em 2018 sobre a saúde dos empregados Caixa já apontava para o elevado adoecimento da categoria: 60% estão sobrecarregados, 33% tiveram problema de saúde causado pelo trabalho; 60,5% dos casos são doenças psicológicas e provocadas por estresse; 20% possuem depressão ou ansiedade; 19,6% buscam acompanhamento psicológico ou psiquiátrico; 53,6% já sofreram assédio moral e apenas 3% dos casos de assédio moral foram registrados no RH do banco. Os principais sintomas são dificuldade em se concentrar no trabalho, baixa alto estima, irritabilidade, pessimismo, dores musculares, cansaço e enxaqueca, dentre outros.
Psicólogos apontam que o principal motivo para o desencadeamento da doença nos profissionais bancários é o assédio moral. Outros fatores são a forte pressão para o cumprimento de metas, a exigência por alta produtividade, o contato excessivo e desgastante com o público em geral e o risco constante de assaltos e sequestros. Segundo os especialistas, a combinação desses fatores juntos podem aumentar sensivelmente os números de trabalhadores afastados de suas atividades.
Mesmo em tempos de pandemia, estes trabalhadores que estão desempenhando suas funções ativamente, sofrem com a sobrecarga de serviço e o receio pelo contágio do novo coronavírus. Por outro lado, temos aqueles que estão em home office – um profissional que já demonstrava sinais da Síndrome de Burnout pode sofrer muitos problemas com o distanciamento e o isolamento social.
O diagnóstico é clinico, e como tratamento os médicos orientam o uso de alguns medicamentos pontuais, atividades físicas regulares e principalmente exercícios de relaxamento como pilates, ioga e meditação. É sempre importante tratar o assunto com a importância devida e procurar ajuda.
Leve sempre em consideração pontuações constante dos colegas em relação ao seu comportamento. E caso você; empregado Caixa; tenha receio de procurar o RH, uma boa dica é se consultar com um psicólogo ou psiquiatra que indicará qual o melhor caminho a seguir.
Previna-se contra a Síndrome de Burnout! Pequenas atitudes auxiliam como evitar o consumo de bebidas alcoólicas para afastar crises, realizar qualquer atividade física regularmente, manter diálogo com seu superior imediato e estabelecer uma organização de trabalho que favoreça o desenvolvimento de suas atividades.
Cartilha orienta os bancários
Uma cartilha lançada em maio de 2020 orienta os empregados da Caixa e traz depoimentos de bancários que adoeceram física e mentalmente por conta de cobranças abusivas, ameaças de descomissionamento e transferência, avaliações subjetivas e assédio moral. A publicação foi lançada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Contraf-CUT, Fenae e APCEF/SP. Clique aqui para baixar.
Departamento de Comunicação da APCEF/MG
