“Um Olhar para o Futuro”: Fenae é parceira em projeto que leva inclusão social e educação à comunidade ribeirinha no Amazonas

Por Douglas Alexandre

O projeto atende 50 crianças e adolescentes. Indiretamente, também alcança cerca de 100 crianças de comunidades ribeirinhas e indígenas às margens do rio Tarumã Mirim

Projetos que levam educação e inclusão social para população em situação de vulnerabilidade são sempre necessários. Por isso, a ONG Moradia e Cidadania e a Associação do Pessoal da Caixa do Amazonas (Apcef/AM), com o apoio FENAE desenvolvem o projeto, “Um Olhar Para o Futuro”, que oferece reforço escolar para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social que moram na Comunidade Ribeirinha Nossa Senhora de Fátima, em Manaus/AM.   

“Um Olhar para o Futuro é mais um projeto que a Fenae abraça para contribuir no processo educacional das crianças e adolescentes. Além disso, a ideia é estimular a participação da família, envolvendo toda a comunidade no projeto, que pode crescer ainda mais com as parcerias locais”, explicou Sergio Takemoto, presidente da Fenae.    

Segundo conta o coordenador da ONG Moradia e Cidadania/AM, Osmar Pantoja, a ONG Moradia e Cidadania desenvolve um trabalho de inclusão social na Comunidade Ribeirinha Nossa Senhora de Fátima – a 20 km da praia de Ponta Negra, de Manaus (AM), onde o único acesso é fluvial – conhecido como Projeto Art Malote, onde as mães da localidade aprendem o ofício de corte e costura.   

“Chamava atenção pela grande quantidade de crianças que ficavam perambulando, ociosas pela comunidade e era nosso desejo poder ajudar de alguma forma, porém, a ONG sozinha não teria recursos para isso. Foi quando surgiu a possibilidade da parceria com a Fenae e Apcef, pela qual apresentamos nosso projeto, e consequentemente, fomos contemplados. Com a ajuda, estamos atendendo 50 crianças e adolescentes, fornecendo material escolar necessário às aulas de reforço escolar e extracurricular, além de palestras de educação financeira, a realização da Festa Cidadã, que acontecerá mensalmente, para aproximar as famílias que participam do projeto, e o lançamento da Canoa Literária. Uma canoa que irá transportar alguns livros, que de maneira lúdica, para chamar atenção e assim, despertar o interesse pela leitura dos adolescentes”, relata Osmar Pantoja, coordenador da ONG Moradia e Cidadania/AM.    

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Ainda segundo o coordenador, o projeto tem despertado a atenção de muitos empregados Caixa. “Todo esse movimento está chamando atenção dos colegas da Caixa a participarem das atividades em solidariedade às comunidades carentes onde a ONG Moradia e Cidadania desenvolve suas atividades. Esse movimento nos faz comemorar antecipadamente o sucesso da parceria entre a ONG Moradia Cidadania, Fenae e Apcef/AM”, enfatiza Osmar Pantoja.   

O projeto começou no dia 5 de agosto e atende 50 crianças e adolescentes. Indiretamente, também alcança cerca de 100 crianças de comunidades ribeirinhas e indígenas às margens do rio Tarumã Mirim. Além de reforço escolar em leitura e escrita, o projeto faz atividades temáticas com a utilização da cartilha Competências para a Vida, elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).  A ideia é estimular a participação dos adolescentes em assuntos de direitos humanos, a formação da identidade e a construção da autonomia. O objetivo também é discutir o respeito e valorização da diversidade, como conhecer e reivindicar seus direitos, além de estabelecer relações afetivas e sustentáveis no âmbito familiar e da comunidade.   

A assistente social da ONG Moradia e Cidadania/AM, Marnízia Dias, que faz a gestão do projeto “Um Olhar para o Futuro”, explicou que o tempo para chegar ao porto da comunidade dura 30 minutos em transporte fluvial. De lá, são mais 15 minutos em transporte terrestre para chegar ao local do projeto.   

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 “Apesar da dificuldade, sempre vale a pena”. Ela contou que a ideia de fazer o projeto surgiu após uma visita ao local. “Um dia dissemos: nós vamos voltar aqui e poder ajudar essa comunidade. Então foi uma felicidade muito grande articular todas essas parcerias para desenvolver o projeto com essas crianças e adolescentes”.  

Marnízia explicou a dinâmica das visitas à comunidade. Além das aulas de reforço, uma vez por mês acontece a festa cidadã, em cada comunidade local próxima, tanto em área ribeirinha quanto indígena.  A ideia é aproximar famílias que participam do projeto. Na ocasião são feitas as “leituras de mundo”. Este termo foi utilizado pelo educador, escritor e filósofo Paulo Freire, que defendia que um dos objetivos da escola era “ensinar o aluno a ‘ler o mundo’ para poder transformá-lo”.    

“Eles fazem a leitura de mundo, conhecem seu território e depois vão buscar soluções. Ou desenvolver outros projetos ou criar algo que possa solucionar algum problema da comunidade por conta deles mesmos. A ideia é estimular que eles possam ser os próprios protagonistas da comunidade”, destacou.   

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O presidente da Apcef Amazonas, Paulo Roberto da Costa, falou sobre a satisfação em levar o projeto para o local. “Foi muito gratificante para nós da Apcef vermos os sorrisos estampados nos rostos daquelas crianças e o ar de alegria em cada uma delas. Não tem preço. É muito gratificante esses momentos vividos, apesar de todas as dificuldades que essas crianças enfrentam no seu dia a dia”, disse.

Informações retiradas na íntegra do site da Fenae

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