Empregados cobram negociações efetivas com a Caixa em reunião do GT

Por Douglas Alexandre

A representação dos empregados cobrou, durante reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Condições de Trabalho, nesta terça-feira, 18, maior celeridade e soluções efetivas da CAIXA. O Sindicato dos Bancários de BH e Região é representado no GT pelo seu Diretor Nery Gomes, que também é diretor sociocultural da APCEF/MG. Foi a quarta reunião do grupo e, apesar de avanços, ainda é necessário tratar de casos prioritários como a saúde psíquica dos empregados, que tem levado a muitos afastamentos.

“Os trabalhadores querem que sejam dadas soluções para o fim das cobranças abusivas pelo cumprimento de metas, que os levam ao adoecimento. Mas a CAIXA não trata deste tema. Esta fuga da discussão e o não fornecimento de informações faz parecer que o número é assustador e, por isso, a CAIXA não quer tratar do assunto”, explicou a coordenadora do GT e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CAIXA, Fabiana Uehara Proscholdt.

Gestão pelo medo – A representação dos empregados questiona a afirmação do banco de que a gestão pelo medo acabou. Para os trabalhadores, este pode ser um desejo da nova gestão, mas ainda não há avanços suficientes para acabar com as cobranças abusivas.

Mesa de negociações – A coordenadora da CEE reforçou a importância dos GTs específicos, mas disse que existem muitos outros temas que precisam ser tratados na mesa de negociações entre o banco e a comissão de representação dos empregados. Entre eles, o plano de funções gratificadas (PFG) e os desdobramentos de encarreiramento, o teletrabalho e a Funcef.

Informações e cobranças – A CAIXA apresentou informações sobre o acesso remoto ao sistema interno, a “trilha de saúde” e sobre o número de empregados PCDs, que atingiu os 5% obrigatórios por lei. Segundo o banco, dos 86.473 empregados, 5,01% (4.329) são pessoas com deficiência.

Os empregados lembraram que, muitas vezes, mudanças no sistema não funcionam devido à qualidade dos equipamentos. Também destacaram que gestores dividem metade da atuação do teletrabalho em home office e a outra presencial, para evitar o pagamento do adicional estipulado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Outro ponto abordado foi a falta de prioridade para PCDs e pais de PCDs e crianças com até seis anos para o teletrabalho, conforme definido no artigo 75-F da CLT, bem como a não redução da jornada para este grupo.

Outras reivindicações:

  • Contratação de mais empregados para sanar o problema de sobrecarga;
  • Atas das reuniões do GT
  • Universidade Caixa precisa chegar realmente às unidades e ser acessível, com tempo disponível para estudo durante o expediente e cursos presenciais
  • Solução para problemas de sistemas e equipamentos obsoletos
  • Calendário para mesas de negociações
  • Negociação sobre o Saúde Caixa
  • Retirada do “Fique bem” do “Conquiste”

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

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