Fenae e Contraf-CUT solicitam mediação de MPT sobre denúncias de arbitrariedades nas contratações dos PCDs.

Por Douglas Alexandre

Caixa nega a posse de aproximadamente 58 candidatos aprovados no concurso de 2021

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) solicitaram, nesta sexta-feira (18), mediação ao Ministério Público do Trabalho (MPT) referente às denúncias de arbitrariedades nas contratações do concurso específico para pessoas com deficiência (PCDs) na Caixa Econômica Federal. 

O pedido da mediação junto ao MPT se dá pelo motivo de que a Caixa negou a posse de aproximadamente 58 candidatos aprovados no concurso (edital nº 4/2021/NM), em 2021, sob a justificativa de inaptidão para o exercício bancário ou descaracterização da deficiência. Os candidatos inscritos foram submetidos a junta médica, antes do certame, após a aprovação dos candidatos, a Caixa providenciou nova junta médica e passou a eliminar inúmeras convocações, impedindo a posse dos candidatos. 

“Nós recebemos muitas reclamações. Há denúncias de arbitrariedades no que diz respeito ao entendimento da Caixa do que configuraria deficiência, por vezes dando posse a candidatos com a mesma deficiência que candidato eliminado. É uma atitude extremamente arbitrária e desrespeitosa. Esperamos uma solução”, pontuou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

De acordo com os representantes dos trabalhadores, há denúncias de exigência de inúmeros exames para alguns candidatos, enquanto outros não são solicitados os mesmos. Porém, tais exigências não constam no edital e a Caixa não demonstraria as razões do tratamento não isonômico com o(s) candidato(s) sabatinado(s).

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e secretaria de Cultura da Contraf-CUT, Fabiana Uehara Proscholdt, ressaltou que além das arbitrariedades existe ainda a sobrecarga à qual estão sendo submetidos os empregados da Caixa. “Estamos acompanhando os casos atentos aos absurdos cometidos para que se evite contratação destes colegas. Alguns foram contratados em concursos de outras empresas como PCDs e a Caixa está dizendo que eles não estão caracterizados como tal”, disse a dirigente e acrescentou que a luta é pela contratação de mais empregados de uma forma geral. “Há uma enorme sobrecarga sobre os que estão trabalhando atualmente. Então, é preciso contratar PCDs e também não PCDs para contribuir na divisão de tarefas”, concluiu.

O objetivo do pedido de mediação junto ao MPT, realizado pela Fenae e Contraf-CUT, é que seja realizada a posse dos candidatos que preencherem os requisitos legais, e caso não se chegue a uma solução, pede-se a investigação pelo MPT a respeito das denúncias e, sendo o caso, o ajuizamento de ação judicial.

Informações retiradas na íntegra do site da Fenae

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