“Temos agora a segurança que não tivemos em mais de um ano de pandemia”, diz empregado vacinado com doses destinadas aos bancários

Por Carolina Marçal

Jonathan, empregado Caixa no Amapá, atuou na linha de frente desde o início do pagamento do auxílio emergencial. Ele lembra das dificuldades no trabalho e da perda de colegas para a Covid-19

Desde o início deste ano, com o começo da vacinação contra a Covid-19 no país, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) realiza ação para informar sobre medidas de segurança e a importância da oferta de imunização. A luta das entidades sindicais e associativas, junto aos empregados, deu resultados e a categoria foi incluída no Plano Nacional de Imunização (PNI). Embora não tenha iniciado com a pressa necessária para salvar vidas perdidas pela doença e paralisia do governo, os empregados Caixa que atuam na linha de frente começam a se sentir mais seguros para desempenhar seu trabalho depois da imunização.  

É o que sente Jonathan Trindade do Nascimento, técnico bancário na agência de Macapá, a principal da Caixa no estado do Amapá. Em maio, a Câmara Municipal aprovou a inclusão dos empregados do banco no grupo prioritário de vacinação em Macapá. 

“Me sinto mais seguro com toda a certeza. Temos agora a segurança que não tivemos em mais de um ano de pandemia. E penso que se a gente fosse incluído no grupo prioritário logo no início da vacinação, seria um incentivo para trabalhar com mais vigor e segurança nos propósitos sociais da Caixa. Depois da vacinação e, claro, mantendo os cuidados, a gente se sentiu muito mais tranquilo em voltar para casa depois do dia de trabalho ”, explica Jonathan, que atua na linha de frente desde o início do pagamento do auxílio emergencial e está imunizado com as duas doses da vacina.  

Jonathan conta que houve um esforço para sensibilizar as autoridades locais sobre a necessidade de vacinar os bancários. “Perdemos dois colegas que também atuavam na linha de frente em menos de 15 dias. Fizemos um apelo muito grande e o prefeito entendeu que era realmente uma prioridade, e até questão de humanidade, vacinar os bancários da Caixa”. 

Ao lembrar dos dias mais difíceis, ele fala dos problemas para conseguir Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que demoraram a chegar nas agências no início da pandemia. A aquisição dos materiais também foi fruto da pressão das entidades ao Governo e à direção do banco. “Demoraram muito para chegar. A gente teve que procurar soluções caseiras. Aqui no Amapá nós tivemos desabastecimento de álcool gel e máscaras no estado”, disse. O Amapá não tem ligação rodoviária com outro estado brasileiro, o que dificultou a chegada do material.  

“Muitos colegas foram contaminados nas filas e até na própria agência. A gente sabia que era um local insalubre. Precisávamos realmente nos proteger”. Jonathan também foi infectado pela Covid-19.  

Um vídeo enviado por Jonathan mostra a aglomeração na agência no início do pagamento do auxílio emergencial. Junto aos colegas, percorria filas, recepcionava a população para explicar o funcionamento do calendário. Os empregados da Caixa não pararam de atender presencialmente durante toda a pandemia.  

“Foi bem difícil. No entanto, a gente sabia que o auxílio era fundamental, pois as pessoas não tinham renda nenhuma, não tinham o que comer e estavam desesperados. Para se ter uma ideia da magnitude do serviço que prestamos, nos tornamos a segunda maior fonte pagadora do estado durante o pagamento do auxílio emergencial”, contou. E disse que a missão do empregado Caixa “também é essa, de ajudar”.  

Embora o auxílio emergencial deva terminar, o trabalho de ajuda não tem fim, pois a população continua precisando da Caixa para outros benefícios sociais operados pelo banco. “Temos agora a segurança que não tivemos em mais de um ano de pandemia. Se precisar de terceira dose, vamos tomar também. Aqui não tem negacionismo, as vacinas são cientificamente comprovadas, é o que temos para nos proteger e proteger ao outro”. 

Até o dia 23 de agosto, de acordo com o governo do estado, o Amapá tinha mais de 122 mil casos da doença, com quase 2 mil mortes. O estado, por meio da Caixa, pagou mais de R$ 1 bilhão em auxílio emergencial.

Com informações do site da FENAE

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