Projeto idealizado por uma aposentada da Caixa acolhe moradores de rua e busca voluntários

Por Comunicação APCEF/MG

Em dias onde a solidariedade e a empatia são cada vez mais necessárias, pessoas de todo o mundo se unem em prol das causas sociais, assim como Maria Angélica Lugon, empregada Caixa aposentada que idealizou o projeto INAPER

Maria Angélica Lugon, que já realizava diversos trabalhos de auxílio a pessoas em situação de rua, oficializou o Inaper (Instituto de Apoio e Orientação a Pessoas em Situação de Rua) há cinco anos. Segundo ela, que é aposentada Caixa há dois anos, o trabalho realizado por ela e pelos amigos se tornou incipiente às necessidades demandadas pela população por eles atendida. Veio então a ideia de se ter uma casa para aproximar e atender melhor as pessoas. “A gente percebe ao longo desses anos de trabalho, que são vários motivos que as pessoas vão às ruas. Quebra dos laços familiares, a questão da bebida e droga, perdas, problemas sentimentais, sofrimento mental, questão financeira, e cada pessoa tem uma demanda, e são grandes, essas pessoas ficam com muitos dos seus direitos prejudicados e a gente está ali pra ajudar”, disse a bancária em entrevista.

A sede do Inaper fica localizado no bairro Bonfim, funcionando três dias na semana atendendo aproximadamente 50 pessoas, e conta com uma assistente social, uma assistente administrativa e uma faxineira, além de 35 voluntários que ajudam a resgatar a dignidade, o respeito e a autonomia das pessoas, sendo essa a missão da entidade.

Nos dias de atendimento, são oferecidos café da manhã, banho – junto com um kit individual de higiene – atendimento social, atendimento psicológico e acesso a uma barbearia. Para contribuir com a formação intelectual das pessoas atendidas são oferecidas diversas oficinas, como a do saber, com aulas de português e matemática, oficinas de desenvolvimento pessoal, que contam com auxílio de coaches, oficinas com advogados que mostram o direito que cada um deles possui e uma oficina de música.

Para as pessoas que buscam a sua reinserção no mercado de trabalho, o Inaper criou o PDI (Programa de Desenvolvimento Individual), em parceria com estudantes de psicologia do Centro Universitário Una. Questões como convívio, resiliência, trabalho em equipe e como se portar em entrevistas de emprego, são alguns dos temas abordados. Além deste auxílio, são ofertados cursos profissionalizantes como de cabeleireiro, gastronomia e informática.


Para ajudar as pessoas que tem problemas com álcool e drogas, o Instituto conta com o apoio de uma pessoa da Secretaria Especial de Drogas, que trabalha com a prevenção de recaídas, além de realizar o encaminhamento de algumas pessoas às casas de recuperação. “Temos pessoas que já estão recuperadas e que inclusive são voluntárias nossas”, conta Angélica.

“Nossa inscrição no Conselho de Assistência Social está em andamento, e depois que a possuirmos, vamos tentar conseguir verba pública para o projeto. Mas hoje, nós contamos com doações de pessoas físicas, e neste contexto tem muitos colegas da Caixa que nos ajudam, além de duas pessoas jurídicas, a empresa MN Embalagens nos ajuda com a nossa conta do pão, que é bem alta, e uma Associação Feminina de Assistência Social que é da polícia, e paga a nossa conta de água e luz, além da própria APCEF/MG, que nos ajuda em diversos eventos. Nós possuímos também um bazar mensal, vendas de produtos e eventos que nos ajudam com as nossas despesas”, relata a aposentada a respeito do projeto.


Eliane Corrêa trabalhou durante 28 anos na Caixa e está aposentada há três anos. Ela conheceu o projeto através de Angélica, e começou auxiliando na parte burocrática, contabilidade e estoque de material de consumo. Atualmente, ela ajuda no café da manhã, nas montagens de kits (material de higiene, roupas e etc.) para os assistidos, além de auxiliar com uma contribuição mensal para sanar os custos da casa.

“Olha, o trabalho voluntário alcança aqueles onde o serviço público do governo não chega. É uma mão estendida para a inclusão social dos excluídos ou menos favorecidos. Aprendi nestes anos de voluntária que o pouco que doamos, quando fazemos com amor, pode ser o único gesto de carinho na vida de alguém, restaurando sua dignidade. Transformar vidas, este é o principal objetivo do Inaper, e nosso. Isso me motiva a continuar, mesmo que seja uma só vida restaurada”, conta Eliane a respeito dos três anos em que participa do trabalho.

Em meio à pandemia, a fim de evitar aglomerações, o Inaper suspendeu as atividades em sua sede e está trabalhando em parceria com outras instituições. O Canto da Rua Emergencial é uma das ações no qual o Instituto faz parte da coordenação, buscando doações de alimentos e kits de higiene. Com a recente abertura da Serraria Souza Pinto, o Inaper participa de uma ação que oferece hospedagem para pessoas em situação de rua e que fazem parte do grupo de risco.


“Tenho muito orgulho em falar do INAPER! Depois de aposentada, pensei em fazer algum trabalho voluntário, foi quando a Angélica me fez o convite. Logo que conheci, vi que se tratava de um trabalho sério e muito importante, voltado para o resgate da dignidade das pessoas em situação de rua. No INAPER as pessoas são recebidas com um sorriso e com palavras de incentivo. Tomam banho e um café sempre feito com muito carinho. Além disso, são oferecidos cursos, PDI, oficinas, atendimento com assistente social, psicólogo, barbearia, doações de roupas e toda uma equipe sempre disposta a ajudar. De coração. Trabalhar no INAPER é uma bênção”, relatou Edna de Lourdes, voluntária do projeto e aposentada da Caixa ‘há oito anos.

Faça parte

Para se tornar um(a) voluntário(a) ou contribuir com o projeto, preencha o formulário aqui ou entre em contato através do número (31) 99236-1336.

➡️ Site: http://www.inaper.org.br/
➡️ Facebook: /inaperbh1
➡️ Instagram: /inaperbh

Gostou do post? compartilhe com seus amigos:

WhatsApp
Facebook
LinkedIn
Email
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *