Revisão do novo Estatuto é fundamental para retomar a democratização da gestão na Funcef

Por Douglas Alexandre

Para Fenae, as mudanças no normativo aprovadas pelo Conselho Deliberativo em abril de 2020 promoveram desmonte das conquistas dos participantes

Em vigor há quase dois anos o novo Estatuto da Fundação dos Economiários Federais (Funcef) enfraqueceu a representação dos participantes dentro da Fundação e ampliou o poder da patrocinadora. Para a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), as mudanças causaram um verdadeiro desmonte na democratização da gestão da Fundação conquistadas pelos participantes desde 2001 e consolidadas em 2007 com o estatuto construído pelos participantes.

“Nossa luta sempre foi por uma gestão participativa, colaborativa e transparente na Funcef. O estatuto que vigora atualmente contraria todos os princípios que norteiam o código de conduta e ética da própria Fundação. Visto que a mudança viola o normativo aprovado em 2007. E mais, a mudança facilita que a Caixa crie ou acabe com planos, retire o patrocínio e altere o limite de suas próprias contribuições (quebra da paridade)”, avalia Sergio Takemoto, presidente da Fenae.

Em reunião realizada no dia 2 de junho, representações dos participantes – Fenae e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) – cobraram da direção da Funcef a elaboração de um novo estatuto, para rever as modificações feitas unilateralmente, com a inclusão dos participantes nas discussões.

A Fundação aprovou a proposta de revisão do normativo de 2007 com voto de minerva do presidente do Conselho Deliberativo, em abril de 2020.

O que mudou

Dentre as principais alterações estão a redução de seis para quatro diretorias, a alternância dos mandatos dos diretores, com substituição de metade dos integrantes a cada dois anos. As regras passaram a valer na primeira renovação de mandato depois de o Estatuto entrou em vigor; ou seja na eleição realizada em 2022.

Com isso, diretores indicados pela Caixa serão maioria até 2025. A patrocinadora manterá os seus três indicados e os participantes só terão dois representantes.

“É inegável que o espaço será menor para os participantes e maior para a Caixa, com mais poder para decidir sobre o futuro do patrimônio dos participantes”, criticou Takemoto.

Informações retiradas na íntegra do site da Fenae

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