Acelerar a vacinação: estratégia para combater disseminação de variantes da Covid-19

Por Carolina Marçal

Apesar de não garantir a imunidade total, a vacina, combinada com o uso de máscaras e distanciamento social protege contra casos graves da doença

Em uma pandemia viral é comum a mutação do vírus e isto está ocorrendo também com novas cepas do Sars-CoV-2. Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), já foram catalogadas mais de 1.800 variantes da Covid-19 desde 2019. Somente neste ano, quase 4 mil pessoas foram diagnosticadas com as novas cepas no país. As principais até agora foram a Alfa, detectada pela primeira vez no Reino Unido; a Beta, na África do Sul; a Gama, no Brasil; e a Delta, na Índia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou o alfabeto grego na nomenclatura para evitar o estigma mundial de um país qualquer, já que as variantes podem surgir simultaneamente em regiões diferentes.

Infectologista com atuação no Hospital de Base de Brasília e no Hospital das Forças Armadas (HFA), Hemerson Luz alerta que mais do que nunca a atuação coletiva fará a diferença no controle da variante Delta, a que mais preocupa no momento, pela velocidade de transmissão. “´É momento de acelerar e concluir as duas doses da vacina num percentual de 60 a 70% da população, estamos correndo contra o tempo para evitar o agravamento da pandemia, vacinar é uma estratégia de proteção coletiva”, entende ele.

A variante Delta pode ser transmitida inclusive pelo vacinado que já tomou as duas doses e por crianças e jovens assintomáticos, alerta Hemerson, ao chamar a atenção para a necessidade de combinar o uso de máscara com a vacinação e o distanciamento social. “As pessoas que puderem devem antecipar a segunda dose da vacina. As que ainda têm dúvidas quanto à eficácia ou os riscos da vacina, devem se lembrar que mesmo o risco de trombose é 25 vezes maior em caso de Covid do que como efeito da vacina. Reações como febre, ou dor de cabeça por um dia ou dois é um bom sinal, de que o seu sistema imunológico está reagindo” afirma ele. Pessoas completamente vacinadas podem ser reinfectadas, mas raramente desenvolvem formas críticas da doença, acrescenta.

Países como os EUA, Israel e Reino Unido estão preocupados com essa variante e segundo um relatório interno do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, obtido pelo jornal americano The Washigton Post, compara a transmissão dessa variante à da catapora e pode gerar uma carga viral 1.260 vezes maior do que a cepa original. Foi detectada ainda que a proteção contra a delta só é desenvolvida após 15 dias da aplicação da segunda dose das vacinas em uso hoje no Brasil.

Com informações do site da FENAE

Gostou do post? compartilhe com seus amigos:

WhatsApp
Facebook
LinkedIn
Email
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *