Balanço trimestral da CAIXA revela que em ano eleitoral banco apresenta maior concessão de crédito da história

Por Douglas Alexandre

O crescimento considerável de oferta de crédito que a CAIXA registrado nos resultados do terceiro trimestre do ano aponta para a instrumentalização do banco pelo atual governo, na tentativa frustrada de reeleger Bolsonaro. A avaliação é do empregado do banco e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro, com base em números oficiais divulgados nesta quarta-feira, 9 de novembro.

Em doze meses, a Carteira de Crédito Ampliada do banco público teve alta de 16%, totalizando R$ 977 bilhões, com destaque para as operações comerciais com pessoas físicas que cresceram 22,6% e totalizaram R$ 133,6 bilhões.

“No período pré-eleitoral, a Caixa apresentou uma abertura dos cofres muito diferente do observado nos anos anteriores do governo atual. Claro que nós sempre defendemos uma Caixa indutora do desenvolvimento, que empresta mais às classes B, C e D, microempreendedores e pequenos empresários. Mas, a forma como isso ocorreu em tão curto período de tempo e diante da corrida eleitoral, preocupa”, apontou Rafael.

O dirigente da Contraf-CUT destacou ainda que, apesar dos resultados positivos no balanço recente, as entidades que representam os trabalhadores da CAIXA seguem registrando casos de assédio moral. Representantes do primeiro escalão do banco se gabam de resultados positivos, conquistados, ,  com pressão sobre os trabalhadores. “Isso é o que chamamos de ‘gestão do banco da matemágica’, termo que faz alusão às frases do ex-presidente [afastado por denúncias de assédio] Pedro Guimarães, sobre ser eficiente, denominando a Caixa como ‘banco da matemática’

Segundo Rafael, trabalhar duro nunca foi problema para nenhum bancário da CAIXA “No futuro próximo, esperamos da gestão do banco diálogo, respeito e valorização dos trabalhadores. Queremos ser ouvidos e ajudar na reconstrução da Caixa que o Brasil precisa, porque conhecemos a realidade, as necessidades e as possibilidades de crescimento de fluxos e operações do banco, para apoiar no projeto de fortalecimento das empresas públicas em favor do desenvolvimento do país”, concluiu.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

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