Fenae apoia ato por redução de juros

Por Douglas Alexandre

Entidades de todo o país protestam contra juros altos e atuação do Banco Central

A alta taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, foi alvo de críticas, em ato convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e centrais sindicais, nesta terça-feira (21), em todo o país. Em Brasília (DF), a manifestação foi realizada em frente à sede do Banco Central (BC), no primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Presente no ato, o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, ressaltou que a alta taxa de juros prejudica, sobremaneira, toda a população, em especial, os trabalhadores do país, no que se refere à política habitacional.

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“Nós, empregados da Caixa, sabemos como a taxa de juros impacta na prestação do financiamento habitacional. Com uma taxa de juros de mais de 13%, as prestações ficam inviáveis para a maioria da população tão carente. Não é possível continuar com a lógica de financiar o rentismo, de beneficiar as grandes fortunas nesse país. Nós precisamos voltar o olhar para a população mais carente”, afirmou Takemoto.

A coordenadora da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE), Fabiana Uehara Proscholdt, também criticou a alta da taxa de juros e a condução do BC neste processo. “A nossa luta é pela redução dos juros, pois só quem se beneficia com isso neste país, são os mais ricos, pela redemocratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF) e pela saída do presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto], porque ele tem uma política que é contra o que é defendido pelo governo”, afirmou.

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Na mesma linha, o secretário-geral da CUT-Brasília, Rodrigo Rodrigues, disse que os juros altos atravancam na geração de empregos, impede a arrecadação de impostos que são usados para a utilização dos serviços públicos, como saúde e educação. “Essa taxa de juros, nesse nível em que se coloca no Brasil, impede o crescimento do próprio país. Quem tem capital, prefere investir no rentismo do que na produção”, alertou.

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Entre terça e quarta-feira (22), os membros da diretoria do Banco Central que integram o Copom se reúnem para decidir a taxa básica de juros da economia nacional, a chamada Selic. Hoje, ela está em 13,75% ao ano. É a maior taxa básica de juros real do mundo – percentual dos juros menos a inflação.

Informações retiradas na íntegra do site da Fenae

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