Dirigido pela cineasta Maria Augusta Ramos, a obra é coproduzida pela Fenae e relata episódios que marcaram a demissão injusta de 110 trabalhadores da Caixa no governo Collor
A exibição internacional do documentário “Não Toque em Meu Companheiro”, nesta sexta (11), às 21h, na Cinemateca de Toulouse (França), faz parte da programação da 33ª edição do “Festival Cinelatino – Rencontres de Toulouse”, que este ano traz uma mostra das obras da diretora Maria Augusta Ramos. Confira a programação!
Lançado em fevereiro de 2020, o documentário retrata a história de 110 trabalhadores demitidos injustamente no governo Collor. Durante mais de um ano, os bancários e suas famílias sobreviveram graças à união e solidariedade de colegas do banco, que se mobilizaram para amparar financeiramente os demitidos até eles serem integrados à Caixa, em 1992.
A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) é coprodutora de “Não Toque em Meu Companheiro” juntamente com a NoFoco Filmes.
“Neste momento em que os trabalhadores e a democracia estão sendo atacados é fundamental resgatar histórias como a que uniu os empregados da Caixa em 1991. Uma das missões da Fenae é defender os direitos dos trabalhadores, a democracia e a justiça social”, reforça Sergio Takemoto, presidente da Fenae.
No documentário, que mescla cenas antigas do movimento grevista bancário, pronunciamentos de Fernando Collor e manchetes de jornais da época, os trabalhadores demitidos aparecem nos dias atuais, reunidos em São Paulo, Belo Horizonte e Londrina, cidades onde ocorreram as demissões.
“Não Toque em Meu Companheiro” já foi exibido em várias capitais brasileiras e em plataformas digitais.
Cinelatino
A retrospectiva da carreira da cineasta ocorre de 9 a 18 de junho e reunirá outras obras como Justiça, Juízo, Morro dos Prazeres e O Processo- uma narrativa sobre os bastidores do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. O Cinelatino é um festival dedicado ao cinema latino-americano, realizado anualmente na cidade de Toulouse, desde o final da década de 1980.
Além da mostra de documentários, a diretora é uma das entrevistadas da atual edição da Cahiers du Cinéma, uma das mais influentes publicações da crítica cinematográfica no mundo.
Informações retiradas na íntegra do site da FENAE