Viver melhor: correndo atrás para envelhecer bem

Por Comunicação APCEF/MG

Mesmo para quem já passou dos 50 anos, uma atividade física como a corrida faz toda a diferença para a saúde física e mental

Pesquisa da Manchester Metropolitan University, na Inglaterra, publicada na revista Frontiers in physiology, traz mais estímulo para que pessoas acima dos 50 anos se mexam.

Para quem deseja começar, mas acha que é tarde demais, a pesquisa aponta que mesmo começando a praticar esporte tardiamente, o corpo irá responder e, em pouco tempo, alcançará as mesmas características de quem possui esse hábito há décadas.

O estudo, feito com esportistas que iniciaram a atividade com mais 50, verificou que eles têm mais músculos, menos gorduras e um coração mais forte do que quem é sedentário nessa idade. Eles também tomam menos remédios, frequentam menos os hospitais e têm ótimas funções físicas.

Os dados coincidem com os de outra pesquisa, realizada nos Estados Unidos com pessoas na faixa dos 50 aos 71 anos, cujo conclusão também diz que “sempre é tempo de começar”. 

Das pessoas entrevistadas, aquelas que não praticavam exercícios na juventude, mas passaram a se mexer mais velhos, tiveram os mesmos benefícios à saúde que os que mantiveram um alto nível de atividade física durante toda a vida. Já quem era ativo na juventude e parou de se exercitar na meia-idade não foi muito melhor do que as pessoas que foram sedentárias a vida toda.

A gerontóloga Margô Karnikowski, fundadora e coordenadora da Universidade do Envelhecer (UNISer), da UnB, recorda que o ideal é praticar exercícios sempre, começando o mais cedo possível. A idade não pode ser vista como obstáculo. 

Ela afirma ainda que cuidar do corpo e da mente, preventivamente, evita que se tenha que recorrer aos medicamentos para curar os males que chegam na velhice por conta do sedentarismo. 

“Quantas horas você dedica a si mesmo por dia? Essa é a pergunta que se deve fazer. O resultado da resposta a essa pergunta hoje é muito preocupante”, diz Margô ao salientar a necessidade de se criar mecanismos para viver bem, o que inclui a atividade física.

“Nossos hábitos de vida determinam que tipo de saúde eu vou ter quando envelhecer. A pessoa que tem a vida estressante, que é fumante, que bebe demais, está acima do peso, é sedentário e não busca autoconhecimento, certamente será um idoso que vai ter problemas de saúde e terá que aportar tecnologias para recuperar a
sua saúde, ao invés de apenas manter”, alerta.

O esporte como aliado

Após contrair uma Lesão por Esforço Repetitivo (LER), em 1996, Wilson Orion, empregado CAIXA há 30 anos, resolveu repensar a sua vida. Primeiro decidiu, ao voltar do trabalho, caminhar da entrada da cidade do Gama (DF), onde mora, até a sua casa. 

Da caminhada, passou a correr e não parou mais. Em 1997, participou de sua primeira corrida de rua em Brasília. De lá para cá, competiu em inúmeras provas, dentre elas Fernando de Noronha, Deserto do Atacama e  São Silvestre. Recentemente, conquistou um sonho de longos anos: a maratona de Atenas.

Empregado CAIXA há 30 anos, Wilson Orion já participou de inúmeras provas e realizou o sonho de participar da Maratona de Atenas

“A corrida passou a ser o oxigênio para viver. Traz saúde, disposição, qualidade de vida e é o gás para encarar o dia a dia”, diz ele. 

Hoje, Orion se sente um homem novo e pretende manter-se assim por muito tempo. “Esse despertar para a corrida me dá motivação para trabalhar e é também uma preocupação e uma preparação para a qualidade de vida na minha aposentadoria”.

Benefícios no humor e autoestima

Também empregada CAIXA, a corredora Paula Pedralino, atesta que embora a adaptação seja difícil, com o mínimo de persistência e boa vontade, será possível encontrar um caminho. 

“A pessoa pode achar que não tem afinidade com o esporte. Quando eu comecei a correr percebi que havia esta barreira. A pessoa corre 500 metros e acha que não é capaz de fazer mais. Quer logo desistir”. 

A receita, diz, é variar, começando com poucos metros ou alternando os dias de corrida. “Aos poucos, sem que ela perceba, já estará viciada”, garante.

Paula diz que os benefícios vão bem além da saúde, afeta o seu humor e a autoestima. “Estou beirando os 40 anos e quando eu falo a minha idade, as pessoas se espantam. Já tive fases em que eu não pratiquei atividade física e até fiquei deprimida”, conta.

Com disciplina, ela conseguiu organizar o seu tempo de modo que, pelo menos três vezes por semana, corra ou vá à academia.

Alimentos que ajudam

A prática regular de exercício físico é importante para o envelhecimento saudável. Aliada a ela, a boa alimentação não pode faltar.

“O alimento pode agir prevenindo várias doenças, como diabetes, hipertensão, problema coronariano e o próprio câncer”, aponta a nutricionista esportiva Isabela Borges. Uma dica é consumir alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios.

“O segredo também é consumir tudo com moderação, fracionar as refeições e variar bastante nas verduras, frutas e legumes. O ideal é, nas refeições, montar um prato bem colorido”, recomenda. 

A nutricionista indica ainda o consumo de alimento “mais fresco, natural e que seja da terra, evitando os industrializados e muito processados”.

Fonte: www.funcef.com.br

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