Em publicação no site do Saúde Caixa, banco sugere aplicar dispositivos da CGPAR 23, revogados, no novo modelo de custeio do Saúde Caixa

Por Carolina Marçal

Cobrança de mensalidade por faixa etária e/ou renda quebra princípios de solidariedade, pacto intergeracional e mutualismo – fundamentais para manter o Saúde Caixa viável e justo para todos

Uma publicação da Caixa na página do Saúde Caixa na internet traz informações sobre a alteração no formato de custeio do plano de assistência à saúde dos empregados a partir de 2022, como se a mudança fosse necessária para manter a sustentabilidade do plano. No entanto, o que ela prevê é a aplicação de dispositivos da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), revogada pelo Senado no dia 1º de setembro, com a aprovação do PDL 342/2021. 

Com o título “Formato de Custeio do Saúde Caixa” (veja aqui), o banco afirma que o atual modelo de custeio, de 70% das despesas assistenciais financiados pela Caixa e 30% pelos empregados, não é mais viável e sugere uma cobrança individualizada, com mensalidade baseada na faixa etária e/ou renda do beneficiário.

“Essas medidas vão tornar o plano excludente, injusto e inviável para grande parte dos empregados, principalmente para os aposentados. A CGPAR 23 já foi derrotada no Congresso, mas a Caixa insiste querer aplicar as mudanças no novo modelo de custeio. Não vamos aceitar”, avaliou a coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt. 

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, as mudanças sugeridas pela Caixa quebram princípios fundamentais para manter o Saúde Caixa viável e justo para todos, como o pacto intergeracional, o mutualismo e a solidariedade (clique aqui e conheça cada um dos princípios).   

“Esses princípios são essenciais para que todos os empregados, tanto quem acabou de entrar no banco quanto os aposentados, possam utilizar o plano de forma igualitária. A cobrança por faixa etária e renda é injusta porque pode privilegiar quem ganha maiores salários”, avalia Takemoto.  

Mesa de Negociação – A publicação da Caixa antecedeu as negociações sobre as propostas de um novo modelo de custeio para 2022, conforme o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2022. Uma nova mesa está prevista para acontecer nesta quinta-feira (9).

Informações retiradas na íntegra do site da FENAE

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