Os impactos das reformas Trabalhista e Previdenciária na saúde dos empregados e a Covid-19 como doença ocupacional também foram assuntos discutidos na live
Saúde e condições de trabalho foram os temas da última live preparatória para o 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). O debate aconteceu nesta quarta-feira (4) e foi conduzido pelos integrantes da CEE/Caixa Tatiana Oliveira (Sindicato dos Bancários do Pará) e Edson Luiz Heemann (Sindicato Dos Bancários De Blumenau e Região).
O início da live trouxe um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a pedido da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), que mostra um aumento de 254% no número de mortes na categoria bancária entre janeiro e abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020. Somente na Caixa foram 46 óbitos nos primeiros quatro meses deste ano contra 13 no mesmo intervalo do ano passado.
Dionísio Reis, diretor da Fenae e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (SPBancários), comentou os dados do departamento e destacou a atuação “fundamental” das entidades e das cobranças da Comissão Executiva para a implementação dos protocolos de segurança para os trabalhadores do banco e a inclusão da categoria entre as prioridades para vacinação. Assista:
Diante deste quadro, Dionísio falou sobre a sobrecarga dos empregados do banco e as ameaças ao direito à saúde e à aposentadoria. Também falou sobre a luta das entidades por mais contratações para o banco.
Jaceia Netz, coordenadora técnica na área da saúde no Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, falou sobre os impactos das reformas Trabalhista e Previdenciária na saúde dos trabalhadores. “Com essas reformas, junto com o desmonte do Estado, conseguir atingir o objetivo de ter saúde no ambiente de trabalho nos parece cada vez mais distante”, disse. Veja:
O advogado Paulo Roberto da Silva, da assessoria jurídica da Fenae e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), esclareceu a dúvida de alguns empregados e confirmou que a Covid-19 é considerada uma doença ocupacional. A afirmação ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar inconstitucional o dispositivo da Medida Provisória (MP 927) do Governo que determinava o contrário. Eles ressaltaram a importância de o empregado acometido pela doença procurar os sindicatos para receber orientação sobre a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
Laís Carrano, advogada que também presta assessoria às entidades, falou sobre a contaminação por Covid-19 em empregados no regime home office.
Com informações do site da FENAE